Presidente em exercício da ALRS, Paparico Bacchi, prestigia o Tá na Mesa, da Federasul
- Fábio Gaston Ribas Gonçalves
- 27 de nov. de 2024
- 3 min de leitura

O presidente em exercício da Assembleia Legislativa do RS, deputado Paparico Bacchi, participou do Tá na Mesa, desta quarta-feira (27). A mesa abordou o “Debate 6x1: desafios para o futuro do trabalho e renda no Brasil”, com os painelistas Rodrigo Sousa Costa, presidente da Federação de Entidades Empresariais do RS (Federasul); Irio Piva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA); Vilson Noer, presidente da Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV); e Oscar Franck, economista-chefe da CDL POA.
Na ocasião, três entidades foram homenageadas pelo tempo de atuação na sociedade gaúcha, a Microempa, por seus 40 anos; a Câmara de Comércio de Rio Grande, pelos 180 anos; e Acir Restinga, pelos 40 anos de trabalho.
O presidente da casa, Rodrigo Sousa Costa, iniciou o evento exaltando o Prêmio Líderes e Vencedores 2024, realizado na noite passada (26): “A nossa premiação teve uma carga emocional muito forte, pela resiliência que vivemos. Reeleito hoje pela manhã, agradeço a todos os colaboradores da Federasul pela garra que estão atuando”, relembrou.
Ele complementou ainda informando que no próximo dia 11 de dezembro ocorrerá a inauguração das estátuas em homenagem aos voluntários das enchentes. “Milhões de brasileiros nos estenderam as mãos”, completou Sousa.
No início do debate, o economista-chefe da CDL POA, Oscar Franck, explanou sobre a produtividade do Brasil: “No Brasil temos o custo por hora trabalhada de US$ 21,4. Ainda não conseguimos solucionar a discussão da baixa produtividade no Brasil, que está praticamente estagnada há 10 anos. A produtividade mundial nos ultrapassou gradativamente, mais do que dobrando a nossa produção. Dentre os fatores que nos impedem de expandi-la está a nossa complexidade tributária, criada desde a Constituição Federal, em 1988”, explicou o economista.
Franck destacou ainda os fatores que a influenciam e o que pode ser realizado para melhorar esta situação: “Estamos na posição 60 entre os países com maior complexidade tributária. A nossa carga tributária sobre a folha é alta por conta do tamanho da máquina pública. Reduções de impostos de forma sustentada dependem da diminuição do tamanho do Estado. O que podemos fazer, fundamentalmente, é recorrermos à avaliação de políticas públicas, com análises de custo-benefício, para otimizarmos os recursos”, analisou o economista-chefe da CDL POA, Oscar Franck.
Para Vilson Noer, presidente da FAGV, a “PEC 6x1” até pode existir, mas surgiu de uma jeito meio estranho: “O mínimo que ela deveria conter são os números, pois a equação não fecha. Ainda mais aqui no Brasil, onde temos a inflação, que é um imposto não percebido, muitas vezes, e que é muito cara para o bolso do contribuinte”, relatou Noer.
Rodrigo Souza reforçou o intuito do encontro: “O objetivo hoje aqui é ampliar o debate. Por que ele não diz respeito a qualidade de vida, mas tem a ver com a renda das pessoas. Essa conta não para de pé, e precisa de um embasamento técnico”, esclarece o presidente da Federasul, acerca da “PEC 6x1”.
O presidente da CDL POA, Irio Piva, comenta que, mesmo que a “PEC 6x1” esteja equivocada por seus meios, o país deve agradecer a proponente, por trazer à tona a necessidade de uma debate profundo sobre o tema e acrescentou: “O que penso que devemos fazer é encontrar meios de como melhorar a renda das pessoas para que possam ter mais qualidade de vida. Para mim, este é o centro do debate. Se esta proposta for aprovada, como está, será catastrófica para as pequenas e médias empresas”, constatou o gestor.
Rodrigo Souza faz uma sugestão sobre uma alternativa de solução para os ganhos do trabalhador no Brasil: “Nossa proposta é elevar o debate para que se corte o percentual de encargos sobre o salário dos colaboradores e se entregue todo este valor, na forma de aumento salarial para o trabalhador. Em relação à “PEC 6x1”, já que foi posto de uma forma rasa, vamos ampliá-la com uma proposta onde os interesses do trabalhador e do empresário sejam os mesmos. Ou seja, sem aumento de custos para a empresa e com o trabalhador podendo escolher se trabalhará mais ou menos, e ganhando dinheiro, sem deixar nas mãos de um Estado inchado e que gasta mal estes recursos”, propôs o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa.










Comentários