Para o parlamentar, a crise econômica do Estado passa pela crise política e de credibilidade do Executivo.
Nesta quarta-feira (17), o presidente em exercício da Assembleia Legislativa do RS (ALRS), deputado Paparico Bacchi, participou do Tá na Mesa, da Federasul, uma grande oportunidade para discutir sobre o aumento de impostos proposto pelo Governo do Estado e os seus impactos sobre a renda dos gaúchos.
No evento, o deputado participou de uma coletiva de imprensa para os veículos de comunicação, em seguida, na reunião-almoço do Tá na Mesa, Paparico destacou o atual ambiente político e econômico no estado: “O Governo do RS vive uma crise de credibilidade e política que até supera a crise econômica. Quando o governador Sartori estava no Piratini deixou de pagar a dívida, por meio de uma liminar que possibilitou ao Estado rediscutir o passivo. O mecanismo estancou o pagamento, protegendo o Governo de continuar pagando-a”, relatou o parlamentar.
Bacchi comentou em relação à medida que o governador tomou sobre a adesão ao valor da dívida do Estado com a União: “A renegociação é o grande cerne da situação do RS. Quando Eduardo Leite aceitou uma dívida de R$ 74 bilhões, ele escravizou o Estado. Montante que aumentou R$ 10,4 bilhões, posteriormente. Minas Gerais passa pelo mesmo problema, mas o governador Romeu Zema ainda não renegociou a sua dívida”, explicou o parlamentar.
O deputado alertou que o RS passa por uma das crises mais severas na história, com muitos setores econômicos que já migraram para outros estados pela insistência do governador em tentar aumentar os impostos.
Paparico acredita em uma nova perspectiva para os gaúchos e complementou: “Ando pelo interior e há pessoas que pedem a saída de Eduardo Leite. Por isso, insisto que é uma crise política. Hoje o Governo precisa se acalmar, ‘botar a bola no centro de campo’ e ouvir a sociedade gaúcha, senão teremos de enfrentar um momento muito tenso pela frente”, finalizou seu discurso, o presidente em exercício da ALRS, deputado Paparico Bacchi.
O Tá na Mesa foi conduzido pelo presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, e contou também com a participação dos deputados estaduais Rodrigo Lorenzoni (PL), Capitão Martim (Republicanos), Felipe Camozzato (Novo), Patrícia Alba (MDB), Marcus Vinícius (PP), além da imprensa, associações e de entidades de classes da sociedade gaúcha.