Consórcio do boi: Deputado Paparico Bacchi e prefeito de Vacaria estudam criação da associação
- Emerson Carniel
- 3 de jul.
- 2 min de leitura

O consórcio do boi tem como objetivo aumentar a criação do gado de corte e melhorar a genética e a qualidade da carne bovina. O assunto sobre a criação da associação foi dialogado entre o deputado Paparico Bacchi e o prefeito de Vacaria, André Rokoski, nesta quinta-feira (3), em Vacaria. A iniciativa visa atrair recursos para o setor da bovinocultura de corte.
Segundo dados do censo agropecuário de 2017, o município conta um efetivo de rebanho de 46.361 cabeças. Com a implantação da modalidade, a ideia é ampliar o número de animais baseado na melhoria da qualidade genética. Além de investir em técnicas de conservação de solo para aumentar a eficiência das plantas forrageiras. Uma das vantagens encontradas nas lavouras dos Campos de Cima da Serra é a característica das pastagens que influenciam e elevam a essência e o sabor da carne.
Outro ponto abordado foi a elaboração de um selo para a certificação da carne produzida na região dos Campos de Cima da Serra com padrões para exportação garantindo a rastreabilidade do produto, ampliação dos lucros da cadeia produtiva e atendimento às demandas do mercado nacional e internacional. A referência é seguida a partir de protocolos específicos de identificação, a exemplo do Uruguai.
“A produção de gado nos Campos de Cima da Serra é referência na qualidade e sabor do produto final devido um histórico de pastagens nativas que contribuíram para o desenvolvimento e característica dos animais”, pontou o deputado Paparico Bacchi.
Uma reunião para debater os detalhes do consórcio do boi será marcada nos próximos meses juntamente com pecuaristas e entidades ligadas ao segmento.
O gado de Vacaria
A história da criação de gado nos Campos de Cima da Serra remonta a época dos missionários jesuítas dos Sete Povos das Missões. As vacarias eram repositórios de gado que estavam localizadas em regiões distantes dos núcleos urbanos. De certa forma, constituíam uma fronteira aberta do espaço missioneiro. Os limites eram imprecisos e o gado reproduzia-se sem a intervenção do trabalho humano.
Como a região fornecia boas pastagens e água em abundância o desenvolvimento dos animais se tornou um marco na exploração pecuária. A localidade também serviu de passagem para os tropeiros que tinham como destino o sudeste e centro-oeste brasileiro.
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